Miomas - Papo Médico Com Dr. Rodrigo Rosa


Olá!!
Hoje é dia da nossa coluna médica com o Dr. Rodrigo Rosa. O tema deste mês é miomas: tratamento e infertilidade.

Miomas: tratamentos e infertilidade
Os miomas uterinos são tumores benignos formados no tecido muscular que forma o útero. Também chamados de fibromas ou leiomiomas uterinos, sua localização pode variar, assim como o tamanho.

A formação acontece durante a idade fértil, já que pesquisas mostram que os miomas afetam cerca de 50% das mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos. Eles se desenvolvem a partir do tecido muscular liso do útero (miométrio), quando uma única célula se divide repetidamente e desenfreadamente, até criar uma massa distinta dos tecidos próximos.

Não se sabe ao certo porque os miomas se formam, mas existem suspeitas ligadas a fatores genéticos, hormonais e de crescimento. Apesar da alta incidência, a maioria dos casos não provocam sintomas mas, quando aparecem podem ser cólicas, sangramentos mensais atípicos, às vezes com coágulos, dificuldade de esvaziar a bexiga, prisão de ventre, entre outros.

Miomas uterinos também são estudados em alguns casos de dificuldade para engravidar. Isso ocorre porque os tecidos podem causar deformidades da parte interna do útero, além de alterações na circulação e aumento do surgimento de inflamações. Nestes casos, é possível realizar tratamentos com remédios à base de hormônios, como estrogênios e androgênios, ou cirurgias, que são a miomectomia ou a embolização do mioma, para aumentar as chances da implantação do embrião.

Vale ressaltar que nem sempre a mulher com mioma uterino precisa fazer tratamento para engravidar. Revelados na ultrassonografia, às vezes os miomas são muito pequenos e não atrapalham em nada. O quadro muda quando o tumor é submucoso. Nesse caso deve ser retirado, pois essa localização é a que mais atrapalha o desenvolvimento da gravidez.

De qualquer forma, o fato de tratar cirurgicamente não significa que a paciente vai engravidar logo. Como em todos os casos de infertilidade, temos que considerar seu perfil ovulatório e uma série de outros exames ginecológicos para descartar outras razões, além é claro, da hipótese de infertilidade do marido.

Este é um tema que gera muitas dúvidas e por isso escolhemos para este mês.
Obrigada Dr. Rodrigo pela sua contribuição, seus esclarecimentos tem ajudado nossas leitoras. Esta coluna me deixa muito feliz.  Gostou do tema deste mês? Você gostaria de ver algum outro tema apresentado aqui? Você pode nos escrever, deixando sua sugestão ou sua dúvida. Até o mês que vem!!
Rodrigo da Rosa Filho é Graduado em medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP),  co-autor/colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da SBRH e autor do livro ” Ginecologia e Obstetrícia- Casos clínicos” (2013). É diretor clínico e sócio-fundador da clínica de reprodução humana Mater Prime.



Comentários

  1. Gostei muito das explicações. Tenho mioma, não tenho muitos sintomas, apesar de uma cólica no primeiro dia da menstruação, e acompanho o tamanho. Ótimo post

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  2. Clauo essa coluna é excelente, sempre com temas ótimos e muito bem elucidativa. Muito bom!

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