RESENHA: Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, COMPANHIA DAS LETRAS
A resenha de hoje é do livro Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, Editora Companhia das Letras.
Ler Gabriela foi uma experiência única e deliciosa.
Foi o primeiro livro do nosso Projeto Jorge Amado, #asMulheresdeJorgeAmado, em parceria com a @CompanhiadasLetras
O turco Nacib é dono do Bar Vesúvio, parte importante da vida social da cidade, onde os homens influentes de Ilhéus se reúnem para beber e conversar.
Gabriela veio do sertão, fugindo da fome. Livre, brejeira, bonita, alegre e com dotes culinários fantásticos. Contratada por Nacib, muda a dinâmica não só do bar, mas do seu dono.
Uma das coisas que mais gostei do livro foi acompanhar a transformação de Gabriela numa dona de casa, esposa de Nacib. A reflexão sobre liberdade, expectativas, adequação social é poderosa!
Gostei também das questões políticas abordadas, os velhos coronéis e seus mandos e desmandos. E a influência que os seus filhos que foram estudar na capital, trazem junto com o progresso.
A "honra que até então era lavada com sangue", nos crimes passionais, também é muito bem retratado na trama.
O livro nos brinda com cenários solares, com o calor baiano, com seus sabores, sons e costumes. Uma viagem incrível, a um tempo que se tornou tão nostálgico.
Jorge é dono de uma escrita maravilhosa, fluida e cheia de impressões sensoriais.
Me lembro bem da primeira versão da novela, exibida pela TV Globo e por conta disso, associei vários personagens aos atores protagonistas.
Você já leu? Quer ler?
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos. Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões, o Nobel da língua portuguesa.
Páginas: 336
Livro cedido pela Editora
Minha avaliação: 5 (de 5 estrelas)
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