Resenha: Ritos de Passagem | William Golding | Editora Alfaguara
A resenha de hoje é do livro Ritos de Passagem, de William Golding, Editora Alfaguara, Grupo Companhia das Letras.
Sinopse: Em uma viagem à Austrália, no início do século XIX, Edmund Talbot mantém um diário, no qual narra suas aventuras para entreter o tio na Inglaterra. Talbot é um jovem com uma carreira promissora à frente, no serviço público da Coroa Britânica. Cheio de mordacidade e algum desprezo, ele relata o dia a dia dos marujos e oficiais e descreve os emigrantes em busca de uma nova vida.
A bordo de um navio da Marinha inglesa, tripulantes e passageiros têm de conviver em um espaço exíguo, e a tensão entre eles parece cada dia maior. Talbot se envolve com uma passageira, que pode também estar se relacionando com outros homens. E, aos poucos, os companheiros de viagem começam a exibir sua verdadeira – e sombria – natureza.
A situação se agrava quando um único passageiro, o jovem e aparentemente ridículo reverendo Colley, atrai a antipatia e animosidade dos marinheiros, e a vergonha e humilhação podem se tornar mais perigosas do que o próprio oceano.
#ResenhaMaeLiteratura
Quando eu soube deste lançamento da Editora Alfaguara, fiquei muito curiosa para ler. Primeiro porque eu amo histórias náuticas e também porque eu gosto muito de narrativas epistolares.
A bordo de um navio da marinha Inglesa, no início do século 19, Edmund Talbot escreve num diário sobre esta longa viagem rumo à Austrália.
Tripulação e passageiros convivem em espaços limitados e enfrentam o cotidiano que aos poucos vai se tornando cada vez mais perturbador e sombrio.
Vaidade e violência surgem em situações que vão se tornando cada vez mais tensas. Edmund se descobre muito menos afável e solícito do que se imaginava.
Eu achei a trama bem perturbadora. E senti dificuldade em compreender as citações aos autores que eu não reconheci (e não conhecia).
A escrita do autor é muito boa e apresenta reflexões interessantes, principalmente sobre auto imagem e sobre a imagem que o outro tem de você.
Com livro, Golding venceu o Booker Prize em 1980.
Achei a capa belíssima e a edição da Alfaguara, muito bonita! Boa diagramação e revisão impecável.
Não é uma leitura fácil, mas foi uma experiência interessante.
Você já leu ou quer ler? Me conta!
Leitura #32 de 2022
Autor: William Golding
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