Resenha: Colo, por favor | Fabrício Carpinejar | Planeta de Livros
Ler Carpinejar é saborear um belo texto, é refletir sobre a vida, sobre o amor, sobre as pessoas. Este é o segundo livro dele que eu leio e uma nova experiência de leitura, como são todos os textos deste gaúcho carismático. Eu acompanho suas postagens nas redes sociais e sempre compartilho e guardo as minhas favoritas
Mais uma vez nos brinda com textos poéticos, com reflexões sociais e do cotidiano. Especificamente importantes neste momento atribulado que vivenciamos, nesta pandemia.
A sua escrita é muito bonita, fluida, de fácil entendimento e com acesso irrestrito ao coração. Com este livro não foi diferente. Lançado em plena pandemia, é um alento para este momento tão conturbado e maluco que vivenciamos.
São crônicas poéticas. Como o título bem explica, precisamos de colo e é com ele que Fabrício nos brinda. Colo, aconchego, ternura, compreensão.
Reflete sobre despedidas, sobre família, amor, sobre expressar sentimentos, sempre no seu tom peculiar e encantador.
Fabrício escreve também sobre despedidas, sobre morte. O quanto somos surpreendidos com a morte. Concordo com ele e vejo um aspecto muito complicado nesta pandemia, que deixará cicatrizes por pelo menos muito tempo. Os familiares e amigos não puderam mais se despedir dos seus entes queridos. Isso é triste, doloroso e inédito nas nossas vidas. O ritual do velório, do sepultamento sofreu interferência drástica do momento pandêmico. Que coisa mais estranha...como ele bem escreve "é como se a morte não tivesse autorização para morrer." "Os mortos não morrem, desaparecem."
Ainda sobre este tema, discorre o quanto é importante dizer, ainda em vida, às pessoas amadas o quanto elas são queridas. Você faz isso? Eu faço e é maravilhoso.
Reflete ainda qual mundo encontraremos pós pandemia, um retrocesso ao tempo dos avós, ou o futuro dos netos? Você já parou para pensar nisso?
Fabrício escreve sobre o poder da internet e das redes sociais, que podem tanto ajudar neste momento, quando atrapalhar. Sobre pânico coletivo, brevidade e longevidade, entre tantos temas interessantes e pertinentes.
É preciso se preservar, filtrar o que pode te fazer bem ou não. Não é ser alienada, mas se poupar na medida do possível. Grandes ensinamentos...
Destaquei várias passagens e selecionei esta para compartilhar com vocês, que traduz o sentimento deste autor tão especial e cala ao meu coração.
Adorei o título, um convite ao aconchego e um pedido, bem como a capa bonita. Como li em e-book não tenho os detalhes da edição física, mas gostei muito da edição e da revisão da Planeta.
Temas atuais e muito pertinentes estão neste livro curtinho, aliás está é minha única "crítica". A escrita é tão boa que eu queria um livro maior, que não acabasse rápido, embora as reflexões intensas permaneçam reverberando internamente por muito tempo.
Termino o livro querendo dar tanto colo quanto for possível para os que estão aqui próximos de mim, e quem sabe distantes fisicamente também.
Sobre o autor
Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, como passou a assinar em 1998 (Caxias do Sul, 23 de outubro de 1972) é um poeta e jornalista brasileiro. Filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, adotou a junção de seus sobrenomes em sua estreia poética, As solas do sol, de 1998. Em 2003 publicou, pela editora Companhia das Letras, a antologia Caixa de sapatos, que lhe conferiu notoriedade nacional. É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Mais uma vez nos brinda com textos poéticos, com reflexões sociais e do cotidiano. Especificamente importantes neste momento atribulado que vivenciamos, nesta pandemia.
A sua escrita é muito bonita, fluida, de fácil entendimento e com acesso irrestrito ao coração. Com este livro não foi diferente. Lançado em plena pandemia, é um alento para este momento tão conturbado e maluco que vivenciamos.
São crônicas poéticas. Como o título bem explica, precisamos de colo e é com ele que Fabrício nos brinda. Colo, aconchego, ternura, compreensão.
Reflete sobre despedidas, sobre família, amor, sobre expressar sentimentos, sempre no seu tom peculiar e encantador.
Fabrício escreve também sobre despedidas, sobre morte. O quanto somos surpreendidos com a morte. Concordo com ele e vejo um aspecto muito complicado nesta pandemia, que deixará cicatrizes por pelo menos muito tempo. Os familiares e amigos não puderam mais se despedir dos seus entes queridos. Isso é triste, doloroso e inédito nas nossas vidas. O ritual do velório, do sepultamento sofreu interferência drástica do momento pandêmico. Que coisa mais estranha...como ele bem escreve "é como se a morte não tivesse autorização para morrer." "Os mortos não morrem, desaparecem."
Ainda sobre este tema, discorre o quanto é importante dizer, ainda em vida, às pessoas amadas o quanto elas são queridas. Você faz isso? Eu faço e é maravilhoso.
Reflete ainda qual mundo encontraremos pós pandemia, um retrocesso ao tempo dos avós, ou o futuro dos netos? Você já parou para pensar nisso?
Fabrício escreve sobre o poder da internet e das redes sociais, que podem tanto ajudar neste momento, quando atrapalhar. Sobre pânico coletivo, brevidade e longevidade, entre tantos temas interessantes e pertinentes.
É preciso se preservar, filtrar o que pode te fazer bem ou não. Não é ser alienada, mas se poupar na medida do possível. Grandes ensinamentos...
Destaquei várias passagens e selecionei esta para compartilhar com vocês, que traduz o sentimento deste autor tão especial e cala ao meu coração.
"O colo é o antídoto da saudade. O colo é o que tranquiliza a ansiedade. O colo é o lugar mais parecido com o coração fora de nossa caixa torácica. O colo é o esconderijo onde podemos chorar à vontade, porque estamos protegidos e livres do medo. O colo é o travesseiro de gente, encostar a cabeça em quem mais amamos para fechar docemente os olhos."
Adorei o título, um convite ao aconchego e um pedido, bem como a capa bonita. Como li em e-book não tenho os detalhes da edição física, mas gostei muito da edição e da revisão da Planeta.
Temas atuais e muito pertinentes estão neste livro curtinho, aliás está é minha única "crítica". A escrita é tão boa que eu queria um livro maior, que não acabasse rápido, embora as reflexões intensas permaneçam reverberando internamente por muito tempo.
Termino o livro querendo dar tanto colo quanto for possível para os que estão aqui próximos de mim, e quem sabe distantes fisicamente também.
Sobre o autor
Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, como passou a assinar em 1998 (Caxias do Sul, 23 de outubro de 1972) é um poeta e jornalista brasileiro. Filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, adotou a junção de seus sobrenomes em sua estreia poética, As solas do sol, de 1998. Em 2003 publicou, pela editora Companhia das Letras, a antologia Caixa de sapatos, que lhe conferiu notoriedade nacional. É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Oi Clao! Gostei muito de seu texto sobre o livro, deu para ter uma boa ideia do tanto de reflexões podemos ter através dele, Carpinejar tem uma s sacadas ótimas.
ResponderExcluirE parabéns à você, que se preocupa em dar colo, vivemos tempos onde as pessoas estão sempre cobrando o recebimento do que desejam, nunca doando.
Abração, bom final de semana!