Clube da Leitura de Setembro - Prisioneiras
Olá queridos leitores!
Uma das melhores oportunidades que os livros me deram, é mediar o grupo Clube da Leitura Cia Ilimitada. Este grupo tão especial se reúne uma vez por mês, numa livraria na zona norte de São Paulo. Aqui eu contei um pouco mais sobre a nossa história.
Sábado aconteceu nosso clube de setembro. Discutimos o livro Prisioneiras, de Drauzio Varella. Como sempre foi uma reunião deliciosa! Desta vez tivemos a participação do Pedro Schwarcz, coordenador dos Clubes de Leitura Penguin-Companhia. Pedro nos contou sobre os clubes de leitura que acontecem dentro de algumas penitenciárias e sobre o projeto de remissão de pena. Uma iniciativa muito importante e interessante.
Uma das melhores oportunidades que os livros me deram, é mediar o grupo Clube da Leitura Cia Ilimitada. Este grupo tão especial se reúne uma vez por mês, numa livraria na zona norte de São Paulo. Aqui eu contei um pouco mais sobre a nossa história.
Sábado aconteceu nosso clube de setembro. Discutimos o livro Prisioneiras, de Drauzio Varella. Como sempre foi uma reunião deliciosa! Desta vez tivemos a participação do Pedro Schwarcz, coordenador dos Clubes de Leitura Penguin-Companhia. Pedro nos contou sobre os clubes de leitura que acontecem dentro de algumas penitenciárias e sobre o projeto de remissão de pena. Uma iniciativa muito importante e interessante.
Sinopse
Alçando as mulheres encarceradas a protagonistas, o médico rememora os últimos onze anos de atendimento na Penitenciária Feminina da Capital, que abriga mais de duas mil detentas. São histórias de mulheres que não raro entram para o crime por conta de seus parceiros - inclusive tentando levar drogas aos companheiros nas penitenciárias masculinas em dias de visita -, mas que são esquecidas quando estão atrás das grades. As famílias conseguem tolerar um encarcerado, mas não uma mãe, irmã, filha ou esposa na cadeia. No ambiente carcerário feminino, há elementos comuns às penitenciárias masculinas. Assim como no Carandiru, um código de leis não escrito rege as prisioneiras; o Primeiro Comando da Capital (PCC) está presente e mostra sua força através das mulheres que integram a facção; e a relação entre aquelas que habitam as cadeias não é menos complexa. As casas de detenção femininas, no entanto, guardam suas particularidades - diferenças às quais o médico paulistano dedica atenção especial em sua narrativa. Desde a dinâmica dos atendimentos e a escassez de visitas até os relacionamentos entre as presas, fica nítido que a realidade das prisões escapa ao imaginário de quem vive fora delas. Prisioneiras é um relato franco, sem julgamentos morais, que não perde o senso crítico em relação às mazelas da sociedade brasileira. Nesse encerramento de ciclo, Drauzio Varella reafirma seu talento de escritor do cotidiano, retratando sua experiência e a vida dessas mulheres com a mesma disposição, coragem e sensibilidade que empreendeu ao iniciar seu trabalho nas prisões há quase três décadas.
Minhas Impressões
Adorei esta leitura, forte, impactante e necessária. Este é o terceiro livro da trilogia de Drauzio, que começa com Carandiru e continua com Carcereiros. Embora seja uma trilogia, é possível ler fora da sequência. Eu gosto muito, muito da escrita do autor e apesar do tema difícil e pesado, a leitura é fluida e tão interessante que devorei o livro. Drauzio narra várias histórias peculiares e tristes sobre as presas. Mostra as diferenças chocantes entre presas e presos, o quanto elas são muito mais abandonadas pela família que os homens. Relata ainda sobre o controle do PCC nas cadeias e sobre como a grande maioria vai parar atrás das grades por causa do tráfico de drogas. O trabalho do Drauzio é muito bonito e importante. Recomendo esta leitura para todos os leitores. Acredito que este livro deveria ser adotado pelas escolas de ensino médio. Seria importantíssimo para nossos jovens. Leiam! Depois me contam o que acharam. Vou adorar saber.
Sobre o Livro
Adorei a capa. A diagramação é ótima, páginas amarelas, letras em tamanho confortável, bom espaçamento, revisão impecável. A leitura é fluida. Companhia das Letras arrasou nesta bela edição.
Prisioneiras
Autor: Drauzio Varella
Ano: 2018
Páginas: 232
Editora: Companhia das Letras
Classificação 5/5 - favoritado
Livro cedido pela editora
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Para comprar: Editora Companhia das Letras | Amazon
Em outubro vamos ler o livro O Violino Cigano (e outros contos de mulheres sábias) - Regina Machado e em seguida mostrarei aqui para vocês como foi nosso clube da leitura.
Este post faz parte da Maratona de Setembro Interative-se. Nesta semana, 17 à 23 de setembro, teremos posts diários desta maratona, acompanhe comigo!
Bom dia! Que bacana! Eu tenho muita vontade de ler esse livro! Gosto da escrita dele! Esses encontros são ótimos, né? Aqui em Nova Friburgo, participo de um Café Literário e estou há meses para começar a participar de um grupo de leituras aos sábados, mas toda vez que digo que irei, acontece um imprevisto!
ResponderExcluirLinda resenha! Parabéns!
Que maravilhoso esse projeto, eu não conhecia a obra mas achei sensacional e que delicias esses encontros. Parabéns.
ResponderExcluirOi Clau, já li esse livro tenho resenha lá no blog...
ResponderExcluirEra minha intenção participar esse mês, mas, acabei indo em outro evento...
Acredito que uma hora de certo...
Beijos
Ale Helga
Acho tão legal a ideia de um clube do livro. Pena que nunca participei de nenhum. Claro que sempre tem os grupos em facebook/whats, mas eu gostaria muito de participar de um encontro mesmo, para discutir um livro. Quanto ao livro em si, apesar de achar uma leitura válida e importante, não sei se leria, pelo menos não no momento. Já li há um tempo atrás Carandiru e realmente é uma obra fantástica e o texto do Dráuzio é excelente. Mas é uma leitura bem pesada, fiquei me sentindo mal por dias quando li. Sei que é um assunto importante e que não devemos fechar os olhos, mas em determinados momentos acabo optando pelo meu bem estar mental.
ResponderExcluirFico a imaginar o nível dos estudantes e, pior, de alguns pais que com certeza iriam se revoltar com esse livro diante dos olhos dos filhos. Em Barueri, recentemente, tiraram a palavra gênero alimentício do currículo escolar por causa da palavra gênero.
ResponderExcluirEnfim, mas seria muito útil aos jovens compreender esse cenário e a vida dessas mulheres.
bacio
Oie!
ResponderExcluirEu já tinha ouvido falar desse livro do Drauzio, assim como de Carandiru (não conhecia o Carcereiros). Tenho certeza que, além de obras fortes, são sim necessárias para conhecer a realidade do nosso país que, muitas vezes, fica escondida sob os holofotes da mídia e de tantas outras coisas.
Adorei conhecer a iniciativa do seu clube de leitura e ainda mais a participação super enriquecedora que tiveram nesse encontro! Com certeza um dos melhores meios de se espalhar conhecimento! <3
xoxo
Rê
Acho tão chic fazer parte de um clube de leitura :)
ResponderExcluirNão li nenhum livro do Drauzio, mas achei o livro interessante e necessário. Eu trabalho com atendimento no poupatempo e muitas vezes aparece pessoa que estão buscando documentos para visitar alguém que esta preso ou alguns que acabaram de sair e estão tendo refazer a vida. Mas as histórias que escuto são muitas e tristes. Principalmente das mães, já idosas que lamentam pelos filhos e estão em desespero para conseguir chegar perto deles novamente. Atendo muitas meninas novas, muitas menores de idade, já grávidas ou com filho indo fazer visita aos seus parceiros. E ai a gente percebe que ela vai acabar se dando mal pelo marido que esta preso e pensa na criança que esta por vir....Isso porque o meu contato com essas pessoas é só 1%.
Muito legal. Adorei sua resenha e tenho notado que esse livro é bastante comentado. As meninas do clube são lindas. Parabéns!
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