Resenha: O Cuidador de Pássaros - Matheus Rocha - Pela Janela de Casa - Planeta de Livros
Comecei muito bem! Escolhi o conto do Matheus para ler primeiro, porque conheço sua escrita e adoro. Matheus tem uma forma de escrever que me encanta, escreve sem rodeios, se desnuda em sentimentos e mostra tanta sensibilidade e verdade que eu tenho vontade de abraçá-lo, sempre que leio seus textos, além de concordar com quase tudo que ele diz.
Para vocês terem uma idéia do tanto que gostei deste conto, fiz vinte e duas marcações em destaques, ou seja destaquei quase o conto todo!
Neste conto, nosso protagonista está sozinho em casa, em São Paulo. Veio para cá para estudar aqui e neste momento está sozinho, o amigo que divide a casa com ele, voltou para a casa da mãe. Ele achou melhor ficar, para não correr o risco de contaminar a família. Olhando pela janela como tanto gosta, tenta compreender o que este momento representa na sua vida.
Fala da falta de barulho e este fato foi o que mais me chocou neste isolamento que vivenciamos. Percebi também um silêncio perturbador, principalmente cedinho e a noite.
Fala da falta de barulho e este fato foi o que mais me chocou neste isolamento que vivenciamos. Percebi também um silêncio perturbador, principalmente cedinho e a noite.
Lembra com saudades da mãe e da avó, que moram na cidade que nasceu, das histórias que sua avó conta, de quando ela conheceu seu avô e como foi viver este amor que aconteceu de forma tão pura e bonita. Ele também quer viver um grande amor, apesar da sua timidez e da sua insegurança.
À sós, passa a refletir nas suas escolhas, nos seus sonhos e expectativas, na sua busca pelo amor e finalmente na descoberta do amor próprio, que ele pode sim ser a sua melhor companhia.
"Barulhos no céu e alienígenas à parte, a verdade é que uma espécie de gripe de potencial assustador começou a se espalhar pelo mundo. Feito coisa que só acontece nos desenhos das Meninas Superpoderosas ou das Três Espiãs Demais."
"A gente passa a vida inteira buscando no outro o que irá nos completar. Aquilo que nos fará feliz. Eu sempre procurava o amor nas pessoas, de verdade ou imaginárias, até que elas deixaram de existir: já não havia ninguém por perto, ninguém passava pela minha janela, e a única pessoa que restou para que eu conhecesse – e me encantasse – fui eu mesmo."Um conto bonito, um presente e um alento para este momento tão difícil que vivenciamos. Adorei e recomendo muito esta leitura inspiradora.
Oi Clauo! Certamente, o conto nos acerta em cheio falando do silêncio nesse momento tão difícil e estranho que estamos vivendo. Fiquei curiosa para ler, pois imagino que sozinho em casa fique tudo ainda mais completo e a solidão toma conta. Beijos! Karla Samira
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