Eu Li: Sra. Fletcher


Olá queridos leitores!
A resenha de hoje é sobre um dos lançamentos da nossa querida parceira, Planeta de livrosSra. Fletcher, de Tom Perrota.


Sinopse
Eve Fletcher está inquieta. Divorciada e com quarenta e seis anos, ela precisa aprender a lidar com sua nova e solitária vida quando seu único filho sai definitivamente de casa para a faculdade. Uma noite, seu telefone acende com uma mensagem de texto. Enviada de um número anônimo, o misterioso remetente diz: “Vc é minha MILF!” Não é nada - apenas uma brincadeira irritante - mas ela não consegue tirar isso da cabeça. Conforme Eve faz novos amigos e se inscreve em um curso de Estudos de Gênero, a mensagem continua a assombrá-la, levando-a a uma fixação online que ameaça derrubar sua tranquila existência suburbana.
Enquanto isso, o filho de Eve, Brendan, está descobrindo que o charme de garoto-da-faculdade que impressiona as meninas do ensino médio pode não ser tão atraente para as universitárias. Cada vez mais isolado e com notas medíocres, Brendan luta para se adaptar a um campus nada tolerante seus privilégios de homem branco. À medida que o outono se torna frio, tanto mãe quanto filho encontram-se enredados em situações moralmente carregadas que vêm à tona em uma fatídica noite de novembro. Sra. Fletcher é uma análise atemporal da sexualidade, identidade, maternidade e dos grandes erros que as pessoas podem cometer quando não têm mais certeza de quem são – ou a onde pertencem.
Adoro livros sobre relacionamentos e quando soube deste lançamento, que conta a história de uma mulher madura, que vivencia a ida do filho para uma universidade em outro estado, pensei, opa, este livro deve ser bem bacana. O livro me surpreendeu positivamente, gostei muito, mais ainda do que imaginei ao ler rapidamente a sinopse.

O livro é divido em quatro partes e os capítulos intercalam as duas histórias, de Eve e do seu filho Brendan. Eu achei as histórias da mãe bem mais interessantes. Achei o filho bem mimado e irritante. Eve percebe o quanto seu filho é assim, além de tratar as mulheres como objeto, mas não interfere, nem tenta orientá-lo, apresenta uma certa passividade nesta área. Quando percebe que está sozinha em casa e tem todo o tempo do mundo para ela, procura ocupá-lo de forma prazerosa, fazendo curso, saindo com colega do trabalho e do seu curso.

Acompanhamos o despertar ou o redespertar da sua sexualidade e da sua sensualidade. Eve é uma mulher bonita que se esqueceu disso. Enquanto isso, Brendan sofre na faculdade, não se adapta, não consegue interagir com seus colegas, apenas com seu colega de quarto. Sofre ao ver seu afastamento e se sente perdido. 

Temas como mudança de gênero, homossexualidade, autismo, bullying são tratados neste livro, mas de forma leve e interessante. Gostei muito da abordagem do autor e de como ele tratou cada uma destas questões.

O autor encontrou um tom bem interessante para relatar os sentimentos e desejos de uma mulher madura, achei bacana esta perspectiva. Interessante o contraponto que ele faz com os dois personagens principais. O filho que no começo parece tão seguro e decidido e a mãe que no início parece perdida. Com o decorrer da trama os papéis se invertem. Isso me trouxe uma boa reflexão.

Esta é uma trama sobre descobertas e sobre amadurecimento, escrita de forma leve. Também é uma reflexão sobre desejar e realizar suas vontades, até que ponto isso é permitido pela própria pessoa. 

Este filme virou uma série da HBO e eu já estou doida para conferir. Ao ler o livro, pensei que realmente a trama tem tudo para ficar bem na tela da TV.

No final, terminei o livro com uma sensação de leveza e bem estar, que livro gostoso! Uma leitura despretensiosa que agradará principalmente as mulheres acima de 40 anos.

Achei a capa bem bacana e gostei da edição da Planeta. Letras em tamanho confortável, páginas amarelas, bom espaçamento. Leitura fluida e rápida, mas que prendeu minha atenção do início ao fim. Um bom entretenimento.


Sobre o autor
Tom Perrotta é norte-americano. Duas de suas obras já foram adaptadas para o cinema — Criancinhas (Pecados íntimos, com Kate Winslet) e Election (Eleição, com Reese Whiterspoon e Mathew Broderick) — e aclamadas pela crítica. Pela adaptação de Pecados íntimos, foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado. Considerado uma revelação da literatura em língua inglesa, Perrotta busca a análise irônica e contundente da sociedade norte-americana, revelando segredos e obsessões de uma nação aparentemente conservadora.

Sra. Fletcher
Autor: Tom Perrota
Tradutor: Adriana Marcolini e Teresa Souza
Ano: 2019
Páginas: 304
Editora: Planeta
Livro cedido pela editora
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Comentários

  1. Estou lendo agora! Adoro o filme Pecados Íntimos! Não sabia que era adaptação de uma obra desse autor! Ele até subiu no meu conceito agora!

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