Eu Li: Irmã Dulce, a Santa dos Pobres
Conclui esta biografia tão diferente e especial, Irmã Dulce, a Santa dos Pobres, escrita por Graciliano Rocha, da nossa parceira Planeta de livros e hoje trago as minhas impressões para você.
Sinopse
Uma história comovente que o Brasil precisa conhecer. Entre tragédias pessoais e fatos inesperados, a vida de Irmã Dulce (1914-1992) sempre foi definida por reviravoltas: filha de uma família privilegiada, ela descobriu a fé e abandonou o conforto material, deixando as angústias do povo pobre penetrarem em seu coração. Mulher de senso prático, ela fez alianças com políticos e empresários controvertidos para abrigar doentes, construir um hospital e prover teto e educação para crianças abandonadas. Antonio Carlos Magalhães, Norberto Odebrecht, Sarney, Madre Teresa de Calcutá e João Paulo II são alguns dos personagens históricos que cruzaram seu caminho e estão retratados neste livro. Após oito anos de investigação em arquivos do Brasil, dos EUA e do Vaticano e cerca de uma centena de entrevistas com gente que conviveu com Irmã Dulce, o jornalista Graciliano Rocha escreveu uma obra repleta de informações inéditas sobre a vida da freira e sobre as alegações de milagre que antecederam a decisão do papa Francisco de proclamá-la a primeira santa nascida no Brasil. É um livro que vai além da religião: conta a história do século XX no Brasil através da vida de uma mulher excepcional.
Eu AMO ler biografias e elas são sempre uma das minhas primeiras opções. Já estava de olho neste lançamento, desde que ele foi anunciado na Bienal do Livro do Rio, deste ano. Que leitura maravilhosa! Eu gostei muito do livro.
Quando soube deste lançamento, logo pensei em convidar minha amiga Célia, do Farmácia de livros, católica e fã da Irmã Dulce, para uma leitura compartilhada. Começamos num dia muito especial, o dia da canonização da Irmã Dulce.
Sou fã de biografias e acho incrível ter acesso a vidas tão diferentes e interessantes quanto a da Irmã Dulce. Me lembro de acompanhar pela TV sua vida, mas não conhecia os detalhes dela, nem toda sua trajetória.
O livro começa contando sobre a sua infância, classe média alta, filha de um dentista. Maria Rita (outra descoberta da leitura) era uma menina quando sua mãe morreu em decorrência de complicações do parto de um dos seus irmãos. Ao fazer seus votos, escolheu o nome da mãe, Dulce, para seguir como religiosa.
Uma das curiosidades que aprendi nesta leitura e que me deixou boquiaberta foi que não há beatificação ou canonização que custe menos que 200 mil euros! Confesso que fiquei chocada com estes valores, na minha ignorância nem sabia que tinha custos, quanto mais altos assim. O autor explica o processo, os trâmites, a burocracia e porque demora tanto este tipo de processo. Achei muito interessante e um dos meus destaques neste livro.
A escrita do Graciliano é ótima e reflete o intenso e primoroso trabalho de pesquisa que realizou para escrever esta biografia. Além de talentoso, ele é muito atencioso e sempre responde os recados nas redes sociais, além de repostar as postagens.
Passagens interessantes como a história de Paulo Coelho, que conheceu a madre numa passagem tumultuada pela Bahia, o episódio em que Irmã Dulce estende a mão e recebe uma cusparada fazem deste um livro único. Não vou contar os detalhes, mas espero que você leia o livro, para descobrir estas e outras passagens interessantíssimas.
Tenho grande dificuldade em entender alguns processos do catolicismo, como as penitências. Fiquei completamente chocada ao ler a passagem que conta que Irmã Dulce dormiu sentada numa cadeira de madeira por 30 anos, para pagar uma promessa feita em nome de uma de suas irmãs. E só desistiu da penitência após todos estes anos, quando foi convencida pelos médicos, por conta do agravamento de sua saúde bastante fragilizada e comprometida.
Além da caridade, da vida de Irmã Dulce, o livro aborda alguns temas espinhosos e achei isso muito importante e interessante. A maior crítica de algumas pessoas era a postura de aproximação da religiosa com políticos como Antônio Carlos Magalhães, Sarney, Figueiredo. Muitas das doações para construções e manutenções da suas obras de caridade vinham destes contatos. Um dos seus críticos mais contundentes foi o escritor Jorge Amado. Este fato me trouxe várias reflexões.
O livro traz ainda os dois casos utilizados no processo de canonização, dos milagres atribuídos à Santa. Gostei também de saber que suas obras continuam ajudando muitas pessoas pobres e estão sob a administração de sua sobrinha e sucessora, desde a sua morte.
Que edição caprichada! Adorei a capa, ficou linda e diferente. Diagramação ótima da Planeta, páginas amareladas, letras em tamanho confortável. Gostei muito das fotos, que retratam várias passagens da vida de Irmã Dulce.
Este não é um livro somente para católicos, mas sim para todos os brasileiros. Além de retratar um período importante do nosso país, nos apresenta a vida de uma mulher fora de série, uma pessoa que dedicou toda sua vida à caridade, ao auxílio dos menos favorecidos. Recomendo muito esta leitura inspiradora. Leia e depois me conta o que achou.
Irmã Dulce, a Santa dos Pobres
Sinopse
Uma história comovente que o Brasil precisa conhecer. Entre tragédias pessoais e fatos inesperados, a vida de Irmã Dulce (1914-1992) sempre foi definida por reviravoltas: filha de uma família privilegiada, ela descobriu a fé e abandonou o conforto material, deixando as angústias do povo pobre penetrarem em seu coração. Mulher de senso prático, ela fez alianças com políticos e empresários controvertidos para abrigar doentes, construir um hospital e prover teto e educação para crianças abandonadas. Antonio Carlos Magalhães, Norberto Odebrecht, Sarney, Madre Teresa de Calcutá e João Paulo II são alguns dos personagens históricos que cruzaram seu caminho e estão retratados neste livro. Após oito anos de investigação em arquivos do Brasil, dos EUA e do Vaticano e cerca de uma centena de entrevistas com gente que conviveu com Irmã Dulce, o jornalista Graciliano Rocha escreveu uma obra repleta de informações inéditas sobre a vida da freira e sobre as alegações de milagre que antecederam a decisão do papa Francisco de proclamá-la a primeira santa nascida no Brasil. É um livro que vai além da religião: conta a história do século XX no Brasil através da vida de uma mulher excepcional.
Quando soube deste lançamento, logo pensei em convidar minha amiga Célia, do Farmácia de livros, católica e fã da Irmã Dulce, para uma leitura compartilhada. Começamos num dia muito especial, o dia da canonização da Irmã Dulce.
Sou fã de biografias e acho incrível ter acesso a vidas tão diferentes e interessantes quanto a da Irmã Dulce. Me lembro de acompanhar pela TV sua vida, mas não conhecia os detalhes dela, nem toda sua trajetória.
O livro começa contando sobre a sua infância, classe média alta, filha de um dentista. Maria Rita (outra descoberta da leitura) era uma menina quando sua mãe morreu em decorrência de complicações do parto de um dos seus irmãos. Ao fazer seus votos, escolheu o nome da mãe, Dulce, para seguir como religiosa.
Uma das curiosidades que aprendi nesta leitura e que me deixou boquiaberta foi que não há beatificação ou canonização que custe menos que 200 mil euros! Confesso que fiquei chocada com estes valores, na minha ignorância nem sabia que tinha custos, quanto mais altos assim. O autor explica o processo, os trâmites, a burocracia e porque demora tanto este tipo de processo. Achei muito interessante e um dos meus destaques neste livro.
A escrita do Graciliano é ótima e reflete o intenso e primoroso trabalho de pesquisa que realizou para escrever esta biografia. Além de talentoso, ele é muito atencioso e sempre responde os recados nas redes sociais, além de repostar as postagens.
Passagens interessantes como a história de Paulo Coelho, que conheceu a madre numa passagem tumultuada pela Bahia, o episódio em que Irmã Dulce estende a mão e recebe uma cusparada fazem deste um livro único. Não vou contar os detalhes, mas espero que você leia o livro, para descobrir estas e outras passagens interessantíssimas.
Tenho grande dificuldade em entender alguns processos do catolicismo, como as penitências. Fiquei completamente chocada ao ler a passagem que conta que Irmã Dulce dormiu sentada numa cadeira de madeira por 30 anos, para pagar uma promessa feita em nome de uma de suas irmãs. E só desistiu da penitência após todos estes anos, quando foi convencida pelos médicos, por conta do agravamento de sua saúde bastante fragilizada e comprometida.
Além da caridade, da vida de Irmã Dulce, o livro aborda alguns temas espinhosos e achei isso muito importante e interessante. A maior crítica de algumas pessoas era a postura de aproximação da religiosa com políticos como Antônio Carlos Magalhães, Sarney, Figueiredo. Muitas das doações para construções e manutenções da suas obras de caridade vinham destes contatos. Um dos seus críticos mais contundentes foi o escritor Jorge Amado. Este fato me trouxe várias reflexões.
O livro traz ainda os dois casos utilizados no processo de canonização, dos milagres atribuídos à Santa. Gostei também de saber que suas obras continuam ajudando muitas pessoas pobres e estão sob a administração de sua sobrinha e sucessora, desde a sua morte.
Que edição caprichada! Adorei a capa, ficou linda e diferente. Diagramação ótima da Planeta, páginas amareladas, letras em tamanho confortável. Gostei muito das fotos, que retratam várias passagens da vida de Irmã Dulce.
Este não é um livro somente para católicos, mas sim para todos os brasileiros. Além de retratar um período importante do nosso país, nos apresenta a vida de uma mulher fora de série, uma pessoa que dedicou toda sua vida à caridade, ao auxílio dos menos favorecidos. Recomendo muito esta leitura inspiradora. Leia e depois me conta o que achou.
Irmã Dulce, a Santa dos Pobres
Autor: Graciliano Rocha
Ano: 2019
Páginas: 296
Editora: Planeta
Livro cedido pela editora
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OI Clau, eu gosto de ler biografias. E taí uma que nunca tinha pensado em ler, apesar de acreditar ter sido uma vida muito rica em experiências, aprendizados e ensinamentos.
ResponderExcluirbeijos
Chris
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