Eu Li: Controle
Olá queridos leitores!
A resenha de hoje é do livro Controle, escrito por Natalia Borges Polesso, edição da Companhia das Letras.
Sinopse
Autora vencedora do Jabuti na categoria contos, Natalia Borges Polesso estreia no romance com um livro sobre o amor e a amizade entre duas mulheres. Conhecida por sua escrita ritmada, informal e envolvente, Natalia Borges Polesso apresenta, em Controle, uma narrativa impactante sobre relações homoafetivas entre mulheres, o poder do desafio e, acima de tudo, as escolhas que precisam ser feitas para que as pessoas se tornem quem elas querem ser. Mesclando citações de letras da banda New Order em seu texto, a autora escreve um romance geracional que permanecerá na mente do leitor. A protagonista, Nanda, é epilética. Descobriu o transtorno ainda na infância, depois de uma queda de bicicleta, e sua vida nunca mais foi a mesma. Cercada de cuidado pelos pais, com medo de crescer e sair da casca protetora fornecida por sua condição, ela evita ao máximo o contato humano ― exceto pela amiga, Joana. Mas compartilhar o que acontece na vida de outra pessoa não é como viver junto dela. Nanda se pergunta até quando conseguirá manter a rotina morna que leva. Porém, seu dia a dia será posto em xeque quando ela finalmente se der conta de que não viveu.
Já estava de olho na escrita da Natália Polesso e quando vi este seu lançamento, não tive dúvidas, solicitei na hora. A sinopse e o tema também me chamaram a atenção. Uma personagem que deve aprender a conviver com um diagnóstico de epilepsia, após a primeira crise na pré adolescência.
O livro começa com Maria Fernanda, Nanda, filha única, andando de bicicleta com seu amigo Alexandre. Joana, amiga da dupla, acompanha a construção da pista de bici e as brincadeiras da turma. Nanda, uma menina, como tantas da sua geração, moleca, curiosa, tímida, vê sua vida mudar radicalmente após o primeiro ataque epilético.
A primeira crise epilética, a perda do controle...o descontrole das emoções e das sensações, a "quase morte", s ficar fora do ar. Interessante notar o quanto o medo de perder o controle a faz controlar tanto as situações que passa a viver cada vez mais restrita. A partir daí a vida de Nanda e de seus pais toma um outro rumo.Cercada de medos, cuidados, diferente. A menina não consegue romper tanta super proteção e vai se isolando, vivendo cada vez mais em casa, se afasta dos amigos. Acompanha com agonia seus sucessos e vidas, tão diferentes da sua. Só resta Joana, a única que consegue permanecer mais próxima.
Destaque para a banda New Order, de quem Nanda é fã e que tem um papel super importante na trama. Foi muito bom ver uma banda que eu curtia também, nesta trama.
O livro é muito bem escrito, eu adorei o sotaque gaúcho dos personagens. Natália tem uma escrita muito bonita, fluida, interessante e consegue transformar um tema e uma história pesada, em algo intenso para se acompanhar.
Controle me despertou muitas sensações...de solidão, de estranhamento, de medo, de impotência. Que vontade de ter uma conversa com Nanda e poder dizer a ela, viva! Saia desta bolha, que você se enfiou, ela que te mata!
Da metade, para o final do livro, temos uma grande reviravolta, e foi revigorante acompanhar este processo, que eu não vou contar para não estragar a surpresa. Fiquei aliviada e feliz por Nanda ter finalmente se permitido viver um pouco, de verdade, sujeita à falhas, erros e acertos, mas vivendo e interagindo com pessoas diferentes.
A questão homoafetiva é trabalha com delicadeza e sensibilidade pela autora e é impossível não torcer pela felicidade da personagem.
Certos livros me escolhem pela capa, em primeiro lugar e isso com certeza aconteceu, com Controle. Fiquei simplesmente apaixonada pela sua capa linda. Diagramação excelente e revisão impecável.
Sobre a autora
Natalia Borges Polesso é uma escritora e tradutora brasileira. Concluiu o mestrado em Letras pela Universidade de Caxias do Sul com uma dissertação sobre a obra de Tânia Jamardo Faillace. Seu primeiro livro, "Recortes para álbum de fotografia sem gente", venceu o Prêmio Açorianos de 2013 na categoria contos. Ganhou o Prêmio Jabuti de 2016 com o livro de contos "Amora".
Controle
A resenha de hoje é do livro Controle, escrito por Natalia Borges Polesso, edição da Companhia das Letras.
Sinopse
Autora vencedora do Jabuti na categoria contos, Natalia Borges Polesso estreia no romance com um livro sobre o amor e a amizade entre duas mulheres. Conhecida por sua escrita ritmada, informal e envolvente, Natalia Borges Polesso apresenta, em Controle, uma narrativa impactante sobre relações homoafetivas entre mulheres, o poder do desafio e, acima de tudo, as escolhas que precisam ser feitas para que as pessoas se tornem quem elas querem ser. Mesclando citações de letras da banda New Order em seu texto, a autora escreve um romance geracional que permanecerá na mente do leitor. A protagonista, Nanda, é epilética. Descobriu o transtorno ainda na infância, depois de uma queda de bicicleta, e sua vida nunca mais foi a mesma. Cercada de cuidado pelos pais, com medo de crescer e sair da casca protetora fornecida por sua condição, ela evita ao máximo o contato humano ― exceto pela amiga, Joana. Mas compartilhar o que acontece na vida de outra pessoa não é como viver junto dela. Nanda se pergunta até quando conseguirá manter a rotina morna que leva. Porém, seu dia a dia será posto em xeque quando ela finalmente se der conta de que não viveu.
Já estava de olho na escrita da Natália Polesso e quando vi este seu lançamento, não tive dúvidas, solicitei na hora. A sinopse e o tema também me chamaram a atenção. Uma personagem que deve aprender a conviver com um diagnóstico de epilepsia, após a primeira crise na pré adolescência.
O livro começa com Maria Fernanda, Nanda, filha única, andando de bicicleta com seu amigo Alexandre. Joana, amiga da dupla, acompanha a construção da pista de bici e as brincadeiras da turma. Nanda, uma menina, como tantas da sua geração, moleca, curiosa, tímida, vê sua vida mudar radicalmente após o primeiro ataque epilético.
A primeira crise epilética, a perda do controle...o descontrole das emoções e das sensações, a "quase morte", s ficar fora do ar. Interessante notar o quanto o medo de perder o controle a faz controlar tanto as situações que passa a viver cada vez mais restrita. A partir daí a vida de Nanda e de seus pais toma um outro rumo.Cercada de medos, cuidados, diferente. A menina não consegue romper tanta super proteção e vai se isolando, vivendo cada vez mais em casa, se afasta dos amigos. Acompanha com agonia seus sucessos e vidas, tão diferentes da sua. Só resta Joana, a única que consegue permanecer mais próxima.
Destaque para a banda New Order, de quem Nanda é fã e que tem um papel super importante na trama. Foi muito bom ver uma banda que eu curtia também, nesta trama.
O livro é muito bem escrito, eu adorei o sotaque gaúcho dos personagens. Natália tem uma escrita muito bonita, fluida, interessante e consegue transformar um tema e uma história pesada, em algo intenso para se acompanhar.
Controle me despertou muitas sensações...de solidão, de estranhamento, de medo, de impotência. Que vontade de ter uma conversa com Nanda e poder dizer a ela, viva! Saia desta bolha, que você se enfiou, ela que te mata!
Da metade, para o final do livro, temos uma grande reviravolta, e foi revigorante acompanhar este processo, que eu não vou contar para não estragar a surpresa. Fiquei aliviada e feliz por Nanda ter finalmente se permitido viver um pouco, de verdade, sujeita à falhas, erros e acertos, mas vivendo e interagindo com pessoas diferentes.
A questão homoafetiva é trabalha com delicadeza e sensibilidade pela autora e é impossível não torcer pela felicidade da personagem.
Certos livros me escolhem pela capa, em primeiro lugar e isso com certeza aconteceu, com Controle. Fiquei simplesmente apaixonada pela sua capa linda. Diagramação excelente e revisão impecável.
Sobre a autora
Natalia Borges Polesso é uma escritora e tradutora brasileira. Concluiu o mestrado em Letras pela Universidade de Caxias do Sul com uma dissertação sobre a obra de Tânia Jamardo Faillace. Seu primeiro livro, "Recortes para álbum de fotografia sem gente", venceu o Prêmio Açorianos de 2013 na categoria contos. Ganhou o Prêmio Jabuti de 2016 com o livro de contos "Amora".
Controle
Autor: Natalia Borges Polesso
Ano: 2019
Páginas: 176
Editora: Companhia das letras
Classificação 4,5/5
Livro cedido pela editora
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