Eu Li: Benzedeiras, de Victor Augustus Graciotto Silva - Editora Máquina de Escrever

Olá!!
Hoje trago para vocês o livro Benzedeiras, de  Victor Augustus Graciotto Silva, da nossa parceira Editora Máquina de Escrever.
Sempre tive muita curiosidade para saber mais sobre estas pessoas, a maioria mulheres, que benzem crianças e adultos, males físicos e espirituais dos mais diversos.
As benzedeiras foram presença marcante não apenas na minha, mas na infância de muitas pessoas da minha geração. Minha mãe me levava para "benzer quebranto" e eu levei meus filhos, quando pequenos. Hoje, aqui em São Paulo, é mais difícil encontrá-las. Minha avó também benzia terçol e contava que sua avó tinha sido uma grande benzedeira, principalmente de erisipela. 
Quando soube do livro da Máquina de Escrever solicitei na hora. Não imaginava que o livro era tão lindo! É um livro de arte. Fiquei encantada com esta edição.
Quem são as benzedeiras? Onde e com quem elas aprendem a benzer? Ainda existem benzedeiras? Estas eram algumas das perguntas que eu me fazia antes de começar esta leitura.
Victor, autor de Benzedeiras, coordenou uma pesquisa de identificação e de registro das benzedeiras, como bem imaterial de Curitiba em 2009. Em quatro meses de pesquisa, o autor e sua equipe encontraram 61 benzedeiras, muitas vindas do interior do Paraná e de  São Paulo. Os  dados coletados são muito interessantes e curiosos. As benzedeiras pediram para permanecer no anonimato, pois têm um grande volume de procura e atendimento até hoje. A busca pela benzedeira faz parte do processo de benzer, todos aguardam a vez, não há privilégios, esperam na varanda, no corredor, no quintal, na porta da cozinha. A grande maioria responde que é católica. Para benzer utilizam o rosário e a água benta e sempre um ramo verde, a arruda é a principal opção apontada pelas benzedeiras, e na falta desta, o alecrim. Embora elas herdem dos pais e outros parentes o dom de benzer, não há um aprendizado formal, mas sim um processo mais intuitivo e espiritual. Afirmam que o benzer não é cobrado, mas muitas aceitam um "agrado" em forma de dinheiro ou de outros materiais e algumas vendem ervas, tônicos e outros produtos em casa.
SinopseDurante muito tempo a saúde das pessoas era deixada nas mãos das benzedeiras. Ainda hoje, muitas pessoas buscam este tipo de atendimento. Além de fotografias e a descrição de ritos e detalhes do benzimento, encontramos algumas histórias de vida das benzedeiras, que nos contam como tudo começou e como estão hoje.

Ficha técnica
Título: Benzedeiras 
Autor: Victor Augustus Graciotto Silva
Ano: 2013 
Páginas: 1120
Idioma: português
Editora: 
Editora Máquina de Escrever 

Composição da minha avaliação:(cada item vale até 1 ponto): 
Capa: 1,00
Trama: 1,00
Diagramação: 1,00
Desenvolvimento e narrativa: 1,00
Revisão: 1,00
Nota: 5,00 - Excelente 
Livro cedido em parceria com a editora
Adicione o livro no Skoob
Achei a capa linda, aliás o livro é muito bonito! Edição super caprichada da Máquina de Escrever. Capa dura, formato 25X25cm.  Diagramação linda, cheia de detalhes bonitos, como folhinhas de arruda nos cantos das páginas. Letras em tamanho confortável para leitura. Páginas brancas que combinaram com as fotos. As fotos são maravilhosas. Os capítulos foram divididos em cinco sessões: prefácio, benzedeiras, canto, encanto e histórias de vida. Histórias de vida (minha preferida) conta as histórias de Dona Flora, Dona Iolanda, Dona Fátima, Seu Joaquim (achei muito interessante, pois não conheci nenhum benzedor) e Dona Eugênia.

Para comprar o livro Benzedeiras:

Recomendo esta leitura , independente da sua religião. O livro é muito bonito e o assunto interessante demais. Leia e depois me conte o que achou.


Comentários

  1. Me lembro das benzedeiras na minha infância, minha avó e seu irmão eram benzedeiros e nos dias específicos as portas ficavam abertas e formavam filas de todos os tipos de pessoas.
    Nunca tinha pensado nelas agora adulta, mas agora sei que ainda existem.

    ResponderExcluir
  2. Nossa Clau, esse livro me fez lembrar das benzedeiras de quando eu era criança. Estou com a imagem da casa dela aqui na minha mente. Morei em São Pedro d'Aldeia e lá as pessoas tinham esse costume de ir as benzedeiras. Fiquei muito curiosa com esse livro.
    beijos
    Chris

    ResponderExcluir
  3. Minha avó materna é uma benzedeira. Não tão popular como as do livro, ela é mais caseira. Lembro de que quando eu era criança, bem pequena, sempre que ficava doente, pedia para minha mãe me levar na vó para ela me benzer. Boas lembranças!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boas lembranças sim, Talita!
      Fiquei feliz com o tanto de gente que lembrou das benzedeiras :)
      Leia o livro, você vai curtir!
      Bjs

      Excluir
  4. Muito obrigada pelos teus comentários no meu blogue,já somos duas a gostar de arroz doce!! Sim,esperemos que o meu blogue seja para durar,beijinhos!!

    ResponderExcluir
  5. Já tinha ouvido falar desse livro e fiquei curiosa... Também faço as mesmas perguntas...Ele já esta na minha lista de desejados, mas, são tantos...

    ResponderExcluir
  6. Que livro rico em cultura, adorei a dica. Eu sou da época de levar para benzer, se ficava triste ou meio mal, era quebranto, olho gordo kkkkk, falar benza Deus 3x quando elogiar algo do amigo para não colocar olho gordo, e claro, a arruda atrás da orelha para ver se precisava voltar na benzedeira.

    Bjs

    ResponderExcluir
  7. Clauo, super interessante a leitura. Aqui em meu bairro ainda temos a tradição de nos benzermos e eu acho que é algo que não pode morrer jamais! Achei super interessante um livro sobre isso! Em meu curso de Reiki, meu mestre citou as benzedeiras como um exemplo e eu achei o máximo esse nosso despertar para o que elas realmente nos proporcionam.
    Beijos!
    Karla Samira

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas